Atualmente, cerca de 190 mil brasileiros residem no Japão. Muitos deles têm dificuldades no dia-a-dia por não dominarem o idioma japonês e não conseguirem, assim, exprimir seus pensamentos e seus costumes ou defender os seus direitos e deveres.
Sob a tutela da Lei da Imigração de 1990, pouquíssimos estão cobertos pelos direitos sociais. Como são “mão-de-obra descartável”, não possuem estabilidade no emprego, dependem da produção nas fábricas em que trabalham e são frequentemente obrigados a mudarem de região com a família. Estas mudanças constantes prejudicam a educação dos filhos e o relacionamento com vizinhos japoneses, criando pessoas e famílias sem raízes.
Nas escolas, encontram barreiras de idioma e, muitas vezes, problemas com discriminação eijime (maus-tratos), o que provoca grande evasão escolar. Segundo pesquisas, um número significativo de crianças em idade escolar não freqüenta nenhuma escola (japonesa ou brasileira), ficando na ociosidade e na solidão enquanto os pais estão trabalhando.
É para atender os problemas enfrentados por estes brasileiros que trabalhamos, tentando canalizar a energia da juventude para algo construtivo, prestando apoio psico-social, estimulando o crescimento intelectual, ajudando na formação da identidade pessoal e cultural, e fomentando o intercâmbio cultural e o orgulho pela própria cultura.